Round 1

Review: Nickelodeon All-Star Brawl 2 chegou, mas traz pouca coisa junto

A GameMill e a Fair Play Labs lançaram ontem a sequência da franquia Nickelodeon All-Star Brawl. Nickelodeon All-Star Brawl 2 chegou com mais personagens e a adição de alguns novos modos de jogo.

O título anterior da franquia mal completou dois anos – foi lançado em outubro de 2021 – e apesar de agradar, não fez muito sucesso. Com isso, esta sequência da franquia foi inesperada. Obtivemos a versão para PC (Steam) do game, que está custando metade do valor da versão para consoles – o que pode fazer considerável diferença no bolso.

Pouca divulgação

Talvez você só saiba que o jogo está sendo lançado graças a esta matéria. Não estranhe – a divulgação foi extremamente tímida. Para efeitos de comparação, o vídeo de anúncio da personagem Battle Mage, de DNF Duel – um game que perdeu bastante de seu público nos últimos tempos -, contou com quase o mesmo número de visualizações no YouTube em comparação ao vídeo de anúncio do personagem Jimmy Neutron.

Tela de seleção, com Jimmy Neutron selecionado
Muitos personagens carismáticos. Se houvesse uma divulgação mais agressiva, provavelmente NASB2 receberia mais atenção da mídia especializada

Além disso, é bem raro um jogo ser desenvolvido sem qualquer teste beta divulgado – seja ele aberto ou fechado. Ou seja, NASB2 chegou sem fazer muito alarde – e isso pode afetar na sua base de jogadores.

Gráficos medianos

Os gráficos dos cenários são simpáticos e até mesmo bem produzidos. Isso traz bastante da nostalgia de quem acompanhava as séries da Nickelodeon durante sua infância. Porém, os personagens em si destoam, com gráficos muito simples e sem muito acabamento.

Os cenários são muito bem compostos, mas o desenvolvimento dos personagens ficou devendo

A sensação – e provavelmente foi isso mesmo – é que quase todo o conteúdo gráfico do jogo antecessor foi reaproveitado – algo bem lógico se pensarmos que o título anterior da franquia foi lançado há apenas dois anos. Porém, temos também a sensação de que faltou carinho nessa produção.

Interface gráfica lamentável

Quanto à interface de usuário – menus, barras de recurso e afins – NASB2 dá um tremendo tiro no pé. Nos perdemos facilmente nos menus, com as opções todas mal encaixadas e pouco intuitivas. Modo Arcade se confundia com modos extras e era um parto encontrar qualquer coisa na tentativa e erro.

Ficamos completamente perdidos para achar modos comuns, como Arcade. Não há muito sentido em separar o modo single-player do multiplayer local

Modos de jogo feijão-com-arroz

Os modos de jogo, graças à má otimização dos menus, pareciam ser poucos, mas até que havia uma quantidade decente. O modo Battle é basicamente o modo local (versus CPU e versus adversário humano). O modo Online permite enfrentar outros jogadores pela internet. O modo Campaign (campanha) é um modo de história. Já o modo Single Player inclui o modo Arcade, Boss Rush (confrontando apenas chefões), Minigames e Dojo (treinamento).

Galaga? Metroid? Não, esta é a tela de etapas do modo arcade

É possível ver que todos esses menus estão muito confusos. Demoramos bastante navegando por esses menus para compreender onde cada opção se encontrava.

Jogabilidade “mais do mesmo”

A jogabilidade de NASB2 está dentro do comum de jogos brawler. Um botão para pular, três botões para ataques normais e especiais e alguns comandos adicionais nos triggers (L1, L2, R1 e R2 do controle Dualshock) para ataques especiais e defesa.

O estilo clássico de jogos brawler está presente em NASB2, sendo possível jogar contra vários oponentes

A forma de se jogar é a mesma dos jogos brawler: jogue seu oponente para fora da arena. Obviamente, a GameMill não iria reinventar a roda em NASB2, mas também não trouxe nada excepcional para o jogo.

Já os demais modos e os minigames não encantam. Apenas dois minigames, sendo um para estourar dez balões em menos tempo e outro para acertar o máximo possível de robôs na tela dentro de um período determinado, eram as únicas opções. Já o modo arcade contava com uma espécie de mapa que lembra um pouco o modo Invasões de Mortal Kombat 1, mas de uma maneira muito mais simples.

Vozes e trilhas sonoras medíocres

Sem dúvida a parte mais decepcionante da experiência com NASB2. As trilhas sonoras não encantavam, sendo recursos praticamente genéricos – você poderia encaixá-las em quase qualquer jogo e o efeito seria o mesmo.

Muitas técnicas, mesmo as mais poderosas, contam com sons consideravelmente sem graça

Todavia, as poucas vozes de personagem era algo ainda mais incômodo. Obviamente, por questões de custo era imaginável que os personagens estariam dublados apenas em inglês – e isso acaba por tirar a imersão do jogador brasileiro, já que boa parte dos desenhos animados da Nickelodeon foi transmitida por aqui. Porém, além de estarem apenas em inglês, eram poucas vozes, e os personagens ficavam em silêncio em boa parte da jogatina.

O jogo foi lançado digitalmente para PlayStation (4 e 5), Xbox (One e Series X|S), Nintendo Switch e PC (Steam). A versão física do jogo será disponibilizada um pouco mais adiante, a partir do dia 1º de dezembro.

Autor

5.0 Sem sal

A jogabilidade do novo game diverte, mas traz poucas novidades em relação ao título antecessor. O visual conta com cenários ricos em contraste com personagens pobres, além de um menu tenebroso. O som é completamente genérico e há poucas falas de personagens.

  • Gameplay 6
  • Conteúdo 5
  • Visuais 5
  • Desempenho 6
  • Som e Trilha Sonora 3
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