Nesta terça-feira, a Nintendo atualizou suas diretrizes para torneios comunitários. Algo muito comum em diversas publicadoras, essas diretrizes costumam regular a exibição da marca, distribuição de produtos e outras coisas mais. Todavia, as regras impostas pela Nintendo praticamente inviabilizam qualquer organização de competições de jogos da Big N.
Restrições desproporcionais
Algumas restrições não parecem absurdas – por exemplo, o número máximo de participantes ou o valor máximo de inscrição -, mas outras são polêmicas – como restrições ao uso da logomarca da Nintendo e dos jogos, de haver outras marcas nos eventos promovidos e até mesmo de ser financiado por um patrocinador.
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Segundo as diretrizes da Nintendo, nenhum dos eventos pode ter fins lucrativos. As premiações devem ser limitadas a 5 mil dólares e um mesmo organizador não pode premiar com mais de 10 mil dólares num período de 12 meses. É proibida também a comercialização de qualquer produto – incluindo alimentos.
As restrições também são aplicadas quanto aos equipamentos. A Nintendo exige que consoles e acessórios sejam oficiais. Ou seja, caso um jogador precise de um joypad ou equivalente com recursos de acessibilidade, tal controle não pode ser utilizado, já que atualmente a Nintendo não conta com qualquer controle oficial com esses recursos de acessibilidade.
Revolta da comunidade
Obviamente, as reações da comunidade foram desfavoráveis. A streamer Arevya fez uma thread em seu X (Twitter) lamentando as escolhas da Nintendo, explicando que elas restringem a acessibilidade aos games.
Já Juan “Hungrybox” DeBiedma, um dos players mais consagrados da franquia Smash Bros declarou que vai ignorar sumariamente as diretrizes da Nintendo, organizando as competições como sempre o fez.
Super Smash Bros. Ultimate foi lançado em 2018 e é um jogo exclusivo para Nintendo Switch.