Depois de alguns meses, quando tivemos a oportunidade de testar o game no beta fechado, finalmente Tekken 8 foi lançado ontem, 25 de janeiro, para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. O game traz 32 lutadores jogáveis, 16 estágios disponíveis e muitas novidades em comparação com o jogo antecessor.
Para realizarmos esta avaliação, recebemos da Bandai Namco e da Nuuvem uma chave de acesso para o game – que, por sinal, você pode adquirir neste link em sua versão para PC (Steam). Confira a seguir as nossas impressões sobre o novo game da franquia.
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Um menu impressionantemente organizado
Pode parecer estranho ter de ressaltar a qualidade de um menu, mas outros jogos têm pecado fortemente nesse quesito, sendo difícil achar a opção que você procura. Não é o caso de Tekken 8.
Separados em tópicos bem práticos, temos um menu principal que conta com um atalho para as opções preferidas – e que pode ser personalizado, caso você queira um menu específico por ali. Por padrão, as opções mais comuns já estão lá.
Além do menu personalizado, há o modo história, modos offline, modos online, personalização e replay. Na parte inferior, mais alguns atalhos: opções, comunidade, acessibilidade (que ocasionou antes do lançamento alguns problemas), dados de jogo e notícias.
Os novos personagens
Apesar do vasto elenco de 32 personagens, apenas três são estreantes: Azucena, Victor Chevalier e a misteriosa Reina. Além dos estreantes, dois personagens retornam ao game: Raven, ausente na Tekken 7, que substitui a sua contraparte Master Raven, e Jun Kazama, que retorna canonicamente ao game após sua última aparição em Tekken 2, quase 29 anos atrás, mas que já havia dado as caras em jogos não-canônicos, como Tekken Tag Tournament 2.
Uma vez que já havíamos experimentado a Azucena durante o beta, optamos por colocar Reina e Victor no modo de treinamento. Reina traz uma mescla interessante dos estilos Mishima (Kazuya, Heihachi) e Kazama (Jin, Jun, Asuka). Inclusive, a presença de raios nos golpes de Reina remete imediatamente ao falecido Heihachi. Repleta de instâncias, Reina tem um estilo de jogo consideravelmente complexo, mas ainda assim bastante atraente.
Já Victor Chevalier traz um curioso estilo de jogo que alia golpes de Iai, inclusive com uma instância que permite derivar diversos golpes, com armas de fogo, numa espécie de agente secreto com diversas tecnologias.
Gráficos de tirar o fôlego
Tekken sempre foi uma franquia que chamou a atenção para seus gráficos, cada vez mais requintados, então a nova entrada na franquia já colocava uma certa exigência na estética do jogo. Mas Tekken atendeu bem a essa expectativa, com um nível de detalhamento que explica o porquê das exigências gráficas forçarem o game a entrar apenas na nova geração de consoles.
Se você notar nas poses de finalização de batalha, perceberá que há detalhes como sujeira no rosto ou nas roupas do personagem, a depender do estágio em que você jogou. Além disso, outros detalhes marcantes, como cabelos, cicatrizes e afins, contam com uma definição gráfica impressionante.
Uma nova história para redenção de Jin
Não vamos passar spoilers aqui, até mesmo para não estragar a sua experiência com um modo história que é bastante interessante – ao menos pelo que jogamos no primeiro capítulo. Com a morte de Heihachi, Kazuya passa a ser a grande ameaça ao mundo. Aliado a Lars e Lee, cabe a Jin – que, de certa forma, também já causou o caos no mundo nas edições anteriores da franquia – deter seu pai.
Nesse primeiro capítulo, Reina ainda não dá as caras, enquanto Jun só aparece dentro de uma lembrança de seu filho, Jin. Todavia, estas duas são as únicas personagens em que seus modos de história individual estão bloqueados para acesso – você precisa jogar a história principal do jogo primeiro.
O modo de história individual
Um dos pontos que Tekken sempre teve dificuldade para resolver era o fato da história circular o clã Mishima. Mesmo outros personagens secundários com alguma relação com o clã, mesmo que básica, acabavam por ser ofuscados pelo núcleo principal – Lee Chaolan e Julia Chang, por exemplo. O modo de história individual parece ter sido preparado para amenizar essa questão, colocando tais personagens com uma evidência maior.
Selecionamos a personagem Alisa, que tem associação com Lars, protagonista da Tekken 6. Porém, a história dela acaba por não ter relação com o núcleo principal, nem ser uma explicação de origem dela, o que acabou por ser um tanto decepcionante nesse ponto. Em contrapartida, tal final ainda é bastante divertido, e jogar este modo pode ainda ser uma experiência muito válida.
Batalha Arcade
O modo Batalha Arcade se assemelha um pouco com o modo de história individual, mas sem um final ao completar. Pode parecer repetitivo, já que se assemelha a outro modo, mas em algumas das batalhas você pode confrontar fantasmas – oponentes controlados pela CPU baseados em lutadores reais. Basicamente, é uma forma de você enfrentar oponentes fortes, mas sem ter de jogar online para isso.
Curiosamente, o chefão – oitava luta – é o mesmo do Tekken 2: Devil Kazuya. A presença dele no Batalha Arcade reforça a presença dele como principal vilão no jogo, assim como o retorno de Jun Kazama à história do jogo.
Missão Arcade
De forma muito similar ao World Tour de Street Fighter 6, o Missão Arcade é um modo offline, onde seu avatar é o protagonista, seguindo uma história no qual você circula com esse seu avatar para cumprir diversas missões.
Geralmente são missões simples, como executar técnicas específicas ou chegar a certos níveis do jogo. É uma forma de você aprender a mecânica do jogo, mas de uma forma mais recompensadora.
Um modo de replay que vai muito além de assistir
Para nossa surpresa, ao assistir o replay nos era oferecido escolher um lado – como se pudéssemos assumir o controle. E para outra surpresa… nós podíamos! O replay era pausado em alguns momentos chave para sugerir opções de combo, formas de escapar de agarrões, dicas de como realizar punições, métodos de esquiva e outras coisas mais. É possível filtrar os replays para buscar por personagens específicos, o que pode ajudar um jogador a observar outros players e compreender o que eles fizeram de interessante ou de errado em suas partidas.
Dependendo da dica, era possível assumir o controle para experimentar o combo contra um boneco de testes ou realizar a punição num trecho controlado – algo que jamais havíamos visto em qualquer outro game de luta até hoje. É basicamente você colocar no sistema de replays um pedaço do modo de treinamento, mas dentro de uma realidade muito mais amigável para os jogadores, principalmente os novatos.
É recomendável assistir aos seus próprios replays, tanto de sua própria perspectiva quanto da perspectiva de seu oponente – assim, você vê também as brechas que cedeu e seu oponente não soube aproveitar.
Estilo Especial: uma forma de se entrar no novo game
O estilo especial permite trabalhar com alguns golpes pré-programados, facilitando para quem está entrando agora na franquia Tekken se aventurar um pouco, realizando alguns golpes. Ao pressionar o botão L1 (no caso de controles Dualshock e Dualsense), é possível entrar no Estilo Especial.
Basicamente, com o apertar repetido de um botão é possível fazer um combo massivo. Obviamente, esse recurso não fica disponível em competições, mas está em partidas online e pode ser ativado ou desativado como padrão desde o primeiro carregamento do jogo.
O retorno de Tekken Ball
Um dos minigames mais clássicos de Tekken, Tekken Ball retorna após suas duas aparições: em Tekken 3 e em Tekken Tag Tournament 2 (exclusivamente para o Wii U).
A mecânica do game continua a mesma: numa arena de praia, dois jogadores disputam uma mistura de vôlei com queimada, golpeando uma bola que acumula energia. Ao sofrer o golpe da bola, o dano é equivalente à energia acumulada.
A grande vantagem deste modo é que, diferentemente do clássico da Tekken 3, os jogadores terão a oportunidade de jogarem online – há uma área específica do lobby para chegar à arena de Tekken Ball.
Um lobby simples, mas funcional
Ao contrário dos lobbies requintados de Street Fighter 6 (Battle Hub) e de Granblue Fantasy Versus: Rising, o lobby de Tekken 8 não conta com muitos recursos. Quase tudo o que é encontrado de forma excepcional no lobby nada mais é do que espelhos do que já está presente nos menus iniciais.
Para nós, ficou a sensação de que o lobby poderia ser melhor desenvolvido. Há poucas áreas interativas e a locomoção para áreas interessantes, como a arena para jogar Tekken Ball online, não são muito bem sinalizadas.
Um netcode excelente e praticamente sem engasgos
Nas batalhas que conseguimos jogar, o netcode atendeu muito bem. Enfrentamos oponentes tanto do Brasil quanto do resto da América do Sul, tudo de forma bastante lisa.
Porém, no lançamento, alguns crashes incomodaram bastante. Durante nossas gravações e registros de vídeos e imagens, foram seis – tanto que acabou por inviabilizar neste momento um review por vídeo, que pretendemos refazer posteriormente.
Durante a construção deste artigo, a Bandai Namco, através do perfil oficial do game, reportou na manhã de hoje que os problemas com crashes em partidas online foram corrigidos – veja abaixo. Com isso, jogamos durante a tarde de hoje e não tivemos quaisquer problemas com crashes.
Conclusão
Se Street Fighter 6 foi o game responsável por subir a régua de exigências para um jogo de luta, Tekken 8 a colocou ainda mais acima. Mais do que recepcionar os jogadores novatos, Tekken 8 está pronto para ensiná-los a jogar, com diversos recursos que o fazem absorver de forma profunda o game.
Além disso, os gráficos do jogo evoluíram ainda mais, e o carismático Tekken Ball mostrou todo o seu charme e potencial para atrair gamers casuais.
Tekken 8 foi lançado nas últimas horas de ontem, 25 de janeiro, e está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. Você pode adquirir a versão para PC na nossa parceira Nuuvem neste link.
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Gameplay
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Conteúdo
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Visuais
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Desempenho
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Som e trilha sonora